O testamento - Rondó (François Villon)
Morte, acuso-te de malvada
Pois que roubaste meu amor.
Contudo não estarás saciada
Até que meu mal seja maior.
Já perdi toda a vivacidade:
Que razão teu ato motivou?
Morte, acuso-te a maldade
Pois que meu amor roubou.
Éramos nós um só coração:
Mas se parte dele morreu
Em breve morrerei, e então
Estátua de chumbo serei eu.