O mundo de faz de conta...

Faço verso

Pra me amar...

Ou faço verso

Que eu amo...

Eu faço verso...

E não tenho grande apego

A eles...faço versos

Só isso. não é grande coisa

Fazer verso,

Eles são oferecidos,

Faço versos

Com as coisas que vejo...

Que sinto, que querem

Ficar no escuro, onde boca

De palavra não chega!

Entro, pois, sei me fazer

Invisível...não acharia

Estranho se os versos

Me odiasse, compreenderia..

Se eles vão ser amado

Ou não, não prevejo..

O poeta mostra,

O mundo a advinha

Não posso provar,

não é cálculo matemático..

E não tenho certeza do

Que mostro...

Não tenho absoluta certeza

Das coisas que vejo...

Falo delas, como falo

Da escola, do salário

Defasado, do amigo

Brigão, do preço da gasolina,...

Poesia não é grande coisa

Não se constrói casas,

Não se projeta automóveis

Tão pouco nos faz mais feliz

No máximo amortece a dor...

E não serei ovacionado

Não serei mais rico,

Ou mais amado...

Mostra crueza, quem gosta

De crueza...quem gosta?

A gente gosta da felicidade,

Nem que ela não exista.

Mas suspenso nela

A maioria estamos...

Eu faço versos

E nem sei

Porque faço versos...

talvez porque não

consigo ficar suspenso

no mundo de faz de conta...