GUERRA!
GUERRA!
O jovem é guarda na tricheira,
Está envolto em pó e sujeira.
Entre bombas está o guarda,
Com poucas balas e sua espingarda.
No passado era guerra de espada,
Olho no olho e muita pancada.
No primórdio era a guerra no dente,
Pois talvez o humano não fosse gente.
Bombas e balas por todo o lado.
O jovem tem o coração apertado,
Não tem medo da rápida bala,
Nem de um estilhaço que mata e cala.
O jovem tem o livro como capa mágica,
Ele teme pelo indefeso e sua sina trágica.
Está num buraco por uma nação,
Não por que ele teve uma opção.
Ao redor a neve vermelha acumula,
Mesmo querendo sua energia é nula.
Morre ali não de bala nem de estilhaço,
Morre congelado mais duro que o aço.
André Zanarella 05-12-2011
(sonho crônico de minha infância)