CANTO 29

Tua lembrança querida, toca no mais íntimo de minha alma, aquecendo-a na forja comburente da saudade.

Sinto o frio da noite glacial da solidão e do abandono,

sobre o mar revolto das minhas amarguras. Guardo comigo o estigma do sofrimento e da dor e percebo a nuvem que prenuncia a grande tormenta, e o vórtice traiçoeiro das on-das em que navegam meus sentimentos.

Pobre e desgraçada alma, esta minha, destinada a viver

eternamente sozinha, séculos sem fim...

Tenho o coração prezo no cárcere de angustias e, mui-

tas vezes mergulhado na poça das próprias lágrimas... Es-

tou inabilitado a qualquer anulação das síndromes da afli-

cão e do desespero e vivo torturado do coração e da inteli-

gência!

Sertanejoretado
Enviado por Sertanejoretado em 11/06/2012
Código do texto: T3717041
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