Há quem diga...
Há quem diga que todas as noites são de sonhos,
Sonhos jamais sonhados, jamais sentido e esquecido,
A perda de uma estrela que se foi em meio à escuridão,
A perda dos raios do sol em meio a claridade.
Há quem diga que os dias são claros,
Na caminhada matinal, pedras que traz obscuridade,
A cachoeira não se faz feericamente suas espumas,
Devido à negritude de suas águas.
Há quem diga que as tardes são quentes,
Ao por do sol, lágrimas feitas de ondas do mar,
Ondas que se quebram a beira da praia de areias finas,
Caranguejos desvairados devido à pressão da maresia.
Há quem diga que todas as manhãs são frias,
Neblina cobrindo copas de árvores,
Nelas, ninhos de pássaros exuberantes,
Que perderam seu canto a tanta voracidade de seus predadores.
Há quem diga que a humanidade se tem amor,
Amor egocêntrico, cético, sagaz,
Caminhando aos próprios meios feitos por eles,
Pedra sobre pedra, há quem diga que estas não se fazem necessário.