na poesia
o poema
 hora afasta-se
 no dominio informal
de um livro como um todo..
nada é nada (em tudo),
no esquecimento anfíbio
habitante dos olhos..
há um parecer latente
um bico  de nuvem
na esquina de um céu
 há um protagonista 
agarrado na parede da poesia,
linguagem sóbria
parece  tinta sêca
sobre as unhas ao chão,
algum cuspe próspero nas palavras
mal (ditas)...
há farpas nas harpas
nas nuances de sonhos incolores.
... na poesia habita  todo um passado
 ...milÊnios
...momentos
saudades intensas
musicas inaudiveis
para  longe  as  lembranças...
 na poesia  o poema adentra
 de pijama, de  sussurro,
na moldura impregnada
de suores  gastos
 nas curvas loucas dos farrapos sobre
qualquer   vestigio de  realidade..
..a sensibilidade está atenta
a reciclagem das horas
que já gastaram
num relógio parado
num ciclo inacabado
quase eterno
quase( TEMPO).


olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 09/06/2012
Reeditado em 17/04/2013
Código do texto: T3715146
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.