Letras poéticas emergir-se-ão
Não me canso de um ócio
Que para alguns vazio
Obsoleto
para mim
completo, Imperioso
Pena ultima é
Hoje não tenho postagem
Nem Gosto
Desgosto
Pastagem
Nem arado
vivo a sombra de um bananal
Sou sulcos
Esperando chegar ao canavial
onde embebedar-me-ei
com o sumo que jorrar-se-ia
entre os seus lábios
Veria o panorama
De um carnaval
Liberdade
Dever-se-ia
Gritar
Aroma ou fragrância sua?
Ecoar-se-ia
Não é doce como mel
por sua alergia
É como a cana-sacarina
de um longevo, esquecido
Canavial
Sem querer mas já fazendo
assim nos fusionamos
Me assucas
O fluido do teu corpo
percorre as fendas
sendo eu a sementeira de um cereal
Hoje não tenho postagem
Senão um cafezal
negro, amargo
Apenas uma baga
Contudo, a poesia
A tua terra invade
sendo a tua prolongação
em mim.
Ininterruptamente
Empapuçar-me-ei deste álcool
Destilado do teu campo
Causar-me-á uma sensação
simples, indescritível
Não bastar-me-ia
nem letras no papel
nem pena para escrever
nem descrever
Esta sensação
Galimatizar-me-ia
O ser
Com este efeito
alucinogêneo
Do teu ser fusionado
ao meu
Letras poéticas
emergir-se-ão
D´alma
Ao pé de mim