Letras poéticas emergir-se-ão

Não me canso de um ócio

Que para alguns vazio

Obsoleto

para mim

completo, Imperioso

Pena ultima é

Hoje não tenho postagem

Nem Gosto

Desgosto

Pastagem

Nem arado

vivo a sombra de um bananal

Sou sulcos

Esperando chegar ao canavial

onde embebedar-me-ei

com o sumo que jorrar-se-ia

entre os seus lábios

Veria o panorama

De um carnaval

Liberdade

Dever-se-ia

Gritar

Aroma ou fragrância sua?

Ecoar-se-ia

Não é doce como mel

por sua alergia

É como a cana-sacarina

de um longevo, esquecido

Canavial

Sem querer mas já fazendo

assim nos fusionamos

Me assucas

O fluido do teu corpo

percorre as fendas

sendo eu a sementeira de um cereal

Hoje não tenho postagem

Senão um cafezal

negro, amargo

Apenas uma baga

Contudo, a poesia

A tua terra invade

sendo a tua prolongação

em mim.

Ininterruptamente

Empapuçar-me-ei deste álcool

Destilado do teu campo

Causar-me-á uma sensação

simples, indescritível

Não bastar-me-ia

nem letras no papel

nem pena para escrever

nem descrever

Esta sensação

Galimatizar-me-ia

O ser

Com este efeito

alucinogêneo

Do teu ser fusionado

ao meu

Letras poéticas

emergir-se-ão

D´alma

Ao pé de mim

Gelassenheit
Enviado por Gelassenheit em 09/06/2012
Reeditado em 09/06/2012
Código do texto: T3713863
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