GLADIADOR

Caminho por entre os cadáveres
Dos muitos que já fui.
Por entre fragmentos de amor
E estilhaços de sonhos, caminho.
Por toda a arena há sangue,
Há lágrimas e há dor...
Por toda a arena há pedaços de mim:
Minha face jaz sob uma pedra,
Meu corpo é deleite de abutres
E meus pés eu não sei onde estão.
Por toda a arena há destroços,
Há caos e há destruição...
Há um gládio sobre a minha cabeça
E há dois olhos que me fitam...
Há um braço que brandi o gládio
E há dois olhos que me fitam...
Há o presságio da morte
E há dois olhos que me fitam...
Há o silêncio da morte
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(E há passos que se afastam...)
Rahna
Enviado por Rahna em 23/07/2005
Reeditado em 29/11/2014
Código do texto: T37128
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