Quase uma criança
Quase uma criança
Para Felipe
Enganos.
O ar que toca a vida, não é mais leve e doce.
Vê-se a sombra, grande.
Um ringue de sentimentos,
todos estão conjugados para um fim funeral.
Sentindo o ar sufocando a garganta
é o que resta agora de agora.
Agora é e não é o tempo presente.
Enganos despersonificando: a face, o gesto, o elo, o corpo.
Segue o mundo
homens sozinhos sem Deus!
A criança brincava no quintal, com pipas, bolas de gude
Brincava de querer ser grande e ria um sorriso limpo brilhante.
Sobre a incidência das trevas, ela
Morrendo, Morrendo, Morrendo
Fica o ar sufocando nossas gargantas
Fica o desespero da mente inerte!
Foi feita uma aposta, e a quase criança não cresce,
ela decresce .
Declínio.
Saudades dos dias belos, das brincadeiras
da suavidade, do encanto do sorriso branco.
Vivos e mortos convivem por conta de uma pedra que é tudo agora.