Prelúdio para a lua





Detestar uma satélite natural,
elemento rochoso crivado de projeções,
não é fazer menor o romance dos parvos,
e sim entender sua natureza morta 
indiferente a suspiros covardes.

O princípio de todas as coisas,
é para o que são feitas, sempre ao acaso.
Ajuntamento à esmo de elementos,
resultantes do acidente que tudo sempre é.
Amor é alucinação involuntária,
para que sobre a crosta o carcinoma se espalhe,
não deixando que tudo seja o fim que sempre trouxe.

Então a qualquer momento o que está no alto,
rochedo arredondado pela gravidade,
poderá ser apenas uma sentença de morte,
no evento de uma queda sobre cabeças românticas.
Choque de corpos celestes inanimados,
sem poesia e sem senso de direção.
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 07/06/2012
Código do texto: T3710648
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