CANTO 17

Ai daqueles que vivem sem uma ilusão,

quando estão presos à tétrica mansão do

abandono, em amargas horas de dor!

Em minhas noites de insônia, quanto te-

nho pensado em ti. Lembro de ti como se

lembra de um sonho agradável, do qual se

conserva a mais suave impressão, algo in-

descritível que acaricia como uma lufada de

vento perfumado, após agitar um florido jar-

dim.

Ai, então, comparo-te ao mar bravio, em-

bora não tenhas nem uma gota de água para

mitigar esta cruel sede de amor que me abra-

sa o ser.

Sertanejoretado
Enviado por Sertanejoretado em 07/06/2012
Código do texto: T3710063
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