Clemência!

Indesejada inquietude que pega em desgosto,

Desejando acalmar tão terrível dor com gozo,

Dizei algo! Sinal dos céus, aquiete o desejo

incabível de dar cabo a si mesmo!

Miserável se exclui diante da inoportuna presença,

O infortúnio da existência que implora por clemência,

o mínimo de decência,

Diminuição da dor da epifania.

Na busca de si, a tragédia refugiada no inconsciente se liberta,

amedronta, arrasa o indivíduo,

que se metamorfoseia em flores negras,

contaminam o ambiente.

Sem ciência, pouco crente, se desconhece,

Conhecimento não é reminiscência

A essência é o lodo da repressão

proclamada desde os primórdios do social.

As regras que assombram governadas pela consciência.

Só resta a nulidade do ser, que pede piedade,

na agonia da tortura da falta de liberdade.

Tati Dalat 06/06/12

Tati Dalat
Enviado por Tati Dalat em 06/06/2012
Código do texto: T3709202
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