Os pirilampos não tecem as madrugadas
Originam-se os pirilampos
Nas retinas da poesia
Os pirilampos não tecem as madrugadas
Mas iluminam os cantos
Os becos
Os telhados cansados
Os perdidos na noite
Os cais em solidão
Os olhos da rapariga
Os do rufião
Quando vem a inaugural luz da manhã
Os pirilampos retornam
À casa materna