teu teto
sou um vento de mar
que afaga teus cabelos
lacrimeja teus olhos
te levanta a saia
escreve a apaga
palavras vagas
nas areias da praia
sou um açoite
que te rasga o peito
sou simplesmente um sujeito
um passado mais ou menos recente
sou o frescor da noite
o ar rarefeito que te sufoca
tua necessidade urgente
o teu ego repleto
tua proteção definitiva
teu teto
o chão que quase não pisas
o caminho no qual flutuas
sou todas as luas
espalhadas nos teus olhos
completamente afogados em mim