Um vale seco.
Um vale inteiro
repleto de ossos secos,
levados e trazidos pelo vento,
um vento seco, sangrento.
Um vale montado Soberanamente
no ódio do homem.
Maquinado por espadas e punhais,
em guerras de ódio intrínseco.
Um vale terrível, sem esperança de vida.
Com ossos, apenas ossos, nada mais.
Sem choro ou pranto,
apenas ossos e um protagonista.
Chora, oh Israel, é o teu vale!
Chora, é você!
Chora sobre este monturo
sem nervos, sem tendões, sem carne,
sem pele, sem vida.
Chora videira inútil
adúltera e estéril!
Chorem irmãs idólatras
sobre a espada que julga sem misericórdia!
Um vale criado pela guerra,
com ossos esquecidos
sem grama, sem o verde da vida.
O sol não nascia lá,
era um vale isolado de cores e alegrias.
Até o cheiro da morte fora esquecido,
secou-se com o tempo.
Vida, vida, onde estás?
Ossos ajuntados pelo vento, pelos animais,
no tempo do tempo, secou-se.
Não tinha mais quem lamentasse sobre este vale,
apenas um que foi levado pelo vento do Senhor da vida.
Foi posto pela Mão, e ordenado pela Palavra,
Eu Sou assim diz.
Um vale que foi cenário de destruição,
consequência dos ídolos chamuscados,
na fumaça do fulgor.
Ira demonstrada sobre terra e homens.
Um vale representativo,
um vale simbólico,
parábola do real,
sanguinariamente real, morte sem igual.
Um vale sem esperanças,
cujo qual ninguém vive por si só.
Exércitos foram abatidos sem saber,
e o vento os trouxe de volta, sem saber.
Morreram e ressurgiram sem controle próprio, sem saber.
Tu o sabes, SENHOR - diz o profeta.
Um vale impossível de ser revivido.
Nada é impossível,
para o criador e dono deste vale.
Soberanamente planejado,
soberanamente arquitetado,
soberanamente manejado,
para o beneplácito de Sua vontade.
Profetiza sobre este já passado, seco.
E eles viverão.
[05/06/12]