Tuas palavras...
Tuas singelas palavras,
Rasgaram o véu da minha solidão
E acariciaram meu coração.
Adoçaram o fel da minha angústia,
Que se liquidesfazem e rolam
Pela minha pálida face,
Como cristais...
Lágrimas ancestrais.
Tuas suaves palavras,
Ternas verdades, afrodisíacas vontades.
Inundam meu ser,
Com a esperança dos de Verona,
E me dominam com a loucura,
Dos que se apaixonam...
Palavras, ditas com tinta e paixão,
Fizerem ninho na minha emoção,
Descrevem o caminho de tuas mãos,
Da minha alma a perdição... Para meu corpo
Sensualidade e tesão.
Suaves nuanças de carinhos selvagens,
E perco o compasso, saio dos trilhos,
Embarco então em tuas viagens.
Fecho os olhos e posso ouvir,
Os murmúrios que te escapam dos lábios,
Quando pensando em mim,
Descreves de ti... De nós, a sóis.
Tuas palavras meu anjo das letras,
Brotam do teu âmago reluzente e fugaz,
E despertam o meu tesão,
Que esquece o tempo a distância,
E voam de encontro a tua vontade,
e me permito mergulhar num mar de prazer,
Só de lembrar você...
Sinto-me o centro da tua paixão,
Ou não? Só ilusão?
Não importa, no momento de entrega,
Sou dona absoluta de teu sorriso encantado
Sinto-me o foco desse olhar safado...
Por tuas fortes palavras,
Vou ao céu e ao inferno num segundo
Pois elas dormem na memória de meu entendimento,
E quando despertam para minha retina,
Aceito minha sina de amante solitária.
De chorar na escura esquina de meus tormentos,
E não me localizar em nenhum momento...
Tuas palavras refletem sempre meus sonhos,
O meu estar poeta, acorda, espreita e aceita.
Tua imagem perfeita, nítida... Quase te toco!
E aflita busco na escrita
A melhor maneira de dizer te quero
Um jeito manso de dizer te espero...
Tuas benditas palavras,
Sempre bem vindas,
Tornaram-se minhas amigas,
Alento para minha alma,
Sabe, você me acalma!