ARMADILHA
Há dias que me pergunto
Se as armadilhas da vida
São mesmo inevitáveis
Se há mesmo a necessidade
De passarmos por tantas agruras
Por que traçamos os planos
Sabemos bem onde vamos
De súbito desviamos o caminho
Perdemos a velha trilha
Dentro do redemoinho?
Caímos no primeiro poço
Afogamo-nos no espesso lodo
E presos no calabouço
Somos enfim fisgados
Pelo laço dos desenganos