RECOLHIMENTO



Não é possível vida solitária.
Errante na incerteza que culmina sem afeto
Pela brusca despedida ao recolhimento.
Engana sem escolher a quem ferir.

Passa as horas e os dias na agonia.
Tudo é vazio quase parando as ações segue
Inconstante nos anos que virão.
Fechado, introspectivo perdendo muito da vida.

Chama-se viver esse habitar nesse isolamento
Querendo azas para voar e como Ícaro
Despedaça-se, sem forças que o faz parar.

Talvez desilusão com a Diva desencantada
Na rotina que invade a relação, sem tomar
Atitude para não decepcionar o coração enganado.

Quase parando vai indiferente pelas pessoas
Que o rodeiam, descumprindo o fazer constante
Nas fantasias desatinadas do amor seguro,
Contendo lágrimas quase evapora esquecendo
Do que é bom e se quiser sair da toca continuará sendo.


 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 05/06/2012
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