O ORGASMO DE CRISTO

Eu o faço...

Vou tentar matá-la...

Não é fácil,

Mas só você pode me impedir, basta parar de ler agora.

Pois do mais alto pedestal de minha prepotência

Quero matar sua ingenuidade,

Ou pelo menos quero agredir e insultar suas crenças!

Começo enterrando sua fé junto com Deus

No cemitério abaixo da mata,

Cuja flora se alimenta de mitos...

E se alimentou de meus próprios sonhos,

Despertando minha esperança

Ao assassinar toda minha fé e meu medo!

Eles estão amarrados a minha espera,

Estão na minha cabeça a vida toda,

Eles esperam cheios de pavor...

Chego sujo de indiferença,

Cheio de minha própria essência.

Começo por ela, ela quer transar,

Está doida de tesão.

Nós nos torturamos na cama,

Ela delira...

E Ele vem, é o passivo filho legítimo,

Que nasceu condenando o amor e foi assimilado pelo império

Em seguida veio todo o resto da prole e todos nós transamos.

Sim! Fui eu quem enxertou a Virgem!

Agora sim ela sabe o que é amar!

Pois mesmo sendo mitos, nenhum anjo tem pinto.

Pequei ao lado do Filho legítimo!

O conduzi pelas vias do amor,

Do excesso e da perdição,

Ele me deu a mão e veio conformado, como sempre.

E até que em fim, após mais de dois mil anos,

Ele pode saber além do certo ou errado!

Pois Cristo também gozou

Na suruba que sufocou minha fé e meu medo.

Leonardo MirandaAlves
Enviado por Leonardo MirandaAlves em 05/06/2012
Reeditado em 05/06/2012
Código do texto: T3706826
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