Deixa...
Deixa que os luares que vistes na vida ainda te digam algo.
Que toda manhã te traga meu afago,deixa que eu te toque a face.
Deixa que os caminhos abertos por arbustos ignorados sejam seguidos.
E que as pétalas do desejo se realizem por nós...
Deixa que a vida teça teu poema em manhãs rendadas de setembro.
E que as faces esquecidas sejam cores na tela em que pintas.
Deixa tuas mãos palparem a poesia do cedo ou tarde,sentindo o fogo
Que arde,deixa que a poesia te fale o indizível, em fogo ou brisa...
Deixa que essa ânsia que invade-te, feneça
Que esse calor te aqueça,o meu calor ao tocar teu rosto
Nesse amor-sonho suposto que te dou.
Deixa as horas graves do passado adormecerem de vez...
Que eu seja teu presente,sem nenhum invólucro,
Deixa que o tempo do amor flua por nós...
E que estejamos a sós,agora e sempre!
E finalmente peço-te:Deixa que eu te ame?
Deixemos o amor fluir assim, inocentemente
Sem mágoas,fluído qual água do rio do tempo...
Deixa que meu amor seja tua posse e que de ti se aposse
E que a felicidade faça ninho na taça de vinho do desejo nosso.
Deixa o amor morar em ti