VISÃO NOTURNA
O coração veloz, num sobressalto,
sente urdir em seu oco a dor de uma nova ferida.
E pulsando à deriva, afoga a mágoa viva no sangue perdido.
Uma lâmina aguda transpassa-lhe a caixa do peito, apaga seu grito.
(Falso poeta, fabricando caos no sereno, sentado à beira do próprio abismo. Rabisca estrelas na tela da noite só para suspirar pelo infinito).