A Chuva e a Solidão
Do céu caem os prantos,
Lavando a tristeza dos cantos,
Mas silenciosa de canto,
Vive a solidão.
De olhos tristonhos,
Perdidos na silhueta da chuva,
Buscando um olhar,
Que a faça sorrir.
Pobre solidão,
Vive em busca de um outro ser,
Que a liberte desta triste realidade,
De ser uma ilha, de não conhecer o sabor da felicidade.
Olhando a chuva,
Entorpecendo-se com a saudade,
Vê sua própria face,
Se desmanchando nas poças d'água.
Talvez o riso,
Nunca visite sua face,
Mas pelo menos a chuva a visitará sempre que puder,
Para mostrar que sempre terá uma companhia,
Nem que seja sua própria face,
Refletida na água.