Faço.

Arrumar as flores no vaso da vida,

Sobre a toalha rendada da ilusão

Nesse dia nublado,

É o que faço hoje...

A tarde chegou um tanto escurecida

Como que coberta pela fuligem do tempo

Esvazio a gaveta do sentimento

Esvazio-me de mim...

Choro a morte de estrelas que ainda cintilam

No céu de uma ilusão, a ilusão de sonhos

Choro por mim,por ti.

Choro pelo porvir...

O que será dos sonhos que morrem sem viver?

E da vida sem sonhar,desse fenecer?

O que será do amor,da vida a sós?

O que será de mim?

Coloco sobre a mesa a taça

Despejo o vinho,

Sinto o cheiro,o gosto,

Afogo algum desgosto e ressurjo em mim.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 04/06/2012
Código do texto: T3705129
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