Afago Materno

Lembro as palavras de quando criança

Dona minha mãe brava com minhas lambanças

Mas carinho farto em seguida surgia

Amo seu afago ainda nos presentes dias

Lembro o olhar preocupado diante as dificuldades

Seus passos cansados e sua simplicidade

Seus olhos de anil distribuem doçura

Minha mãe qual flor de divina candura

Hoje ao meu lado de cabelos como paina

Semblante de esperança igual de antigamente

Mas as marcas da vida refletem os seus traços

Mulher de tanta fibra não demonstra seu cansaço

Mãe de todos os dias... Os felizes e os chorosos

Sempre pronta a tudo... Cedendo o seu colo

Mãe que eu amo tanto e sei que me ama

No seu coração possui a divina chama