Em silêncio, a dor...Um parto,nasce a poesia!
A poesia às vezes é água cristalina
É areia do mar macia e fina
É fagulha de luz divina
E flui.Mas há momentos que vem em dor
Um parto trabalhoso
Rompe a madre
E nasce esgotando o poeta-mãe!
Assim é nesse momento
Em que não a tenho em pensamento
Mas ela tem que nascer!
Me contorço de dor,
Trago-a para fora.
Porque é chegada a hora.
Tem que nascer!
À luz tenho que a trazer,
E a poesia chora.
Se esguela a plenos pulmões,
Como bebês chorões
Que protestam contra a luz,o frio.
Quando trazidos para o mundo,
Tirados do seu abrigo;
Tenho que ser mãe da poesia
Que nasce muitas vezes a fórceps
Deixando-me esgotada.
Mas como toda mãe,depois da dor
O amor me faz realizada!