ESTRADAS



Depois de percorrer tantas sem sucesso,
Chega-se ao cume da mais difícil de todas.
A chamada estrada do amor real.
Cujas dificuldades tornam-se permanentes.

Persiste-se sem temer que fosse dolorido
Parar no meio de uma, renunciando o caso.
Como labirintos distorcidos e ladeiras
Cruciantes vão-se enroscando no irreal.

Alguns se perdem sem saber a hora da chegada no
Castelo hipnótico do grande amor sentimento.
Como saber se está na estrada certa sem
Complicar as vidas de sonhos extraídos da imaginação.

Seguem como o palhaço choroso que rir nas
Apresentações com o peito dolorido de dor.
Porém, o palhaço pode chorar rindo de se mesmo
Pelas estradas que percorre no ganho do seu dia.

Enquanto nas estradas vividas por amores desiludidos,
A do amor real perde a esperança do que mais falta,
O ganho do bem maior nos doces platonismos
Que flui na imaginação do inocente poeta.

 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 03/06/2012
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