CULPAS
No ruidoso silêncio
as secretas culpas passadas,
gritam na consciência.
..............................................
A verdade, um dia emerge,
jorra na superfície da fonte, converge
e tudo, tudo vem à tona,
e no circo itinerante da vida
revela-se no picadeiro sem lona,
as secretas culpas ocultas,
o remorso constante, noite mal dormida,
espírito irriquieto;
Os fantasmas da consciência,
encenam a essência do pecado distante,
vestem o traje do ultraje,
escárnio na trilha sonora,
som do ruidoso silêncio do agora,
trama desfeita, o suplício não tem hora,
todo momento reclama o tormento,
a platéia espera, aguarda
em atos, o texto dos fatos,
sem vacilar, temer ou tremer,
sem condição, sem opção,
o mal não é infinito, a verdade solta seu grito,
todo desacerto tem seu próprio acerto,
apaga a luz, atenção! já é tempo
ouvir no vento as vozes do lado de lá,
vozes amigas, antigas, querendo falar:
É hora de encarar, assumir,
sem sair, nem fugir,
sem buscar no outro a fácil desculpa,
erros, enganos, desenganos, é hora do 'mea culpa'
levantar o olhar caído, esparramado no chão,
sustentar com dignidade a palavra perdão,
é difícil, é ruim, a vergonha na cara não pára,
coração pulsa mais forte, dispara,
nessa hora ela é fria, é cruel,
desata o laço, desfaz o nó,
duramente conclui seu papel,
cai por terra a torre de Babel;
O palco ganha luz, a culpa vira pó,
viver é saber conviver,
a vida é efêmera, fugaz,
vale a pena tentar,
pra depois, recostar e dormir em paz!
Andrade Jorge
Fev/2005
direitos autorais reservados
Registro Fundação Biblioteca Nacional/RJ
No ruidoso silêncio
as secretas culpas passadas,
gritam na consciência.
..............................................
A verdade, um dia emerge,
jorra na superfície da fonte, converge
e tudo, tudo vem à tona,
e no circo itinerante da vida
revela-se no picadeiro sem lona,
as secretas culpas ocultas,
o remorso constante, noite mal dormida,
espírito irriquieto;
Os fantasmas da consciência,
encenam a essência do pecado distante,
vestem o traje do ultraje,
escárnio na trilha sonora,
som do ruidoso silêncio do agora,
trama desfeita, o suplício não tem hora,
todo momento reclama o tormento,
a platéia espera, aguarda
em atos, o texto dos fatos,
sem vacilar, temer ou tremer,
sem condição, sem opção,
o mal não é infinito, a verdade solta seu grito,
todo desacerto tem seu próprio acerto,
apaga a luz, atenção! já é tempo
ouvir no vento as vozes do lado de lá,
vozes amigas, antigas, querendo falar:
É hora de encarar, assumir,
sem sair, nem fugir,
sem buscar no outro a fácil desculpa,
erros, enganos, desenganos, é hora do 'mea culpa'
levantar o olhar caído, esparramado no chão,
sustentar com dignidade a palavra perdão,
é difícil, é ruim, a vergonha na cara não pára,
coração pulsa mais forte, dispara,
nessa hora ela é fria, é cruel,
desata o laço, desfaz o nó,
duramente conclui seu papel,
cai por terra a torre de Babel;
O palco ganha luz, a culpa vira pó,
viver é saber conviver,
a vida é efêmera, fugaz,
vale a pena tentar,
pra depois, recostar e dormir em paz!
Andrade Jorge
Fev/2005
direitos autorais reservados
Registro Fundação Biblioteca Nacional/RJ