A PASSAGEM
Não sinto meu corpo
mas ele está ali
posso vê-lo torpo
o que jaz ali?
Agora liberta
flutuando sem peso
mas e o peso d'alma?
Descubro-o no umbral
quantos caminhos tortuosos
tão surreal
que me vejo choroso
Onde estás tu meu espirito guardião
onde me encontro neste lodaçal
daqui brota meu coração
enfeitado sobre um lindo cabedal
então o lodo some
agora o que me consome
é a sensação insone
do vazio dislumbro a luz
e lá está o que me encanta
o prisma difuso de um ser sem corpo
e cheio de luz