A PASSAGEM

Não sinto meu corpo

mas ele está ali

posso vê-lo torpo

o que jaz ali?

Agora liberta

flutuando sem peso

mas e o peso d'alma?

Descubro-o no umbral

quantos caminhos tortuosos

tão surreal

que me vejo choroso

Onde estás tu meu espirito guardião

onde me encontro neste lodaçal

daqui brota meu coração

enfeitado sobre um lindo cabedal

então o lodo some

agora o que me consome

é a sensação insone

do vazio dislumbro a luz

e lá está o que me encanta

o prisma difuso de um ser sem corpo

e cheio de luz

luciana ruschel
Enviado por luciana ruschel em 02/06/2012
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