Ouve!
A minha voz-deserto que clama o orvalho da noite gélida
Para esperar no dia mais quente que as dunas transportem a dor
Ouve a minha voz qual água que escorre entre dedos do criador!
Ouça-me por favor!
Quando sou quem tece miragens
Quando perco a passagem das horas
Nessa vida-da deserto onde a noite chora
E em ti amor,deposito toda a minha esperança
Sejas-me todo ouvido,ouça o som do quebrar do vidro
Quando sonhos se quebram e espio através da janela
O artista pincelar na tela as estrelas da noite tão nossa
Escuta-me,ao som do meu coração-compasso
Ouve então o som desse cristal
Que é da vida o sal
Nessa taça do amor tão meu e teu.