Fidedigna “temporalidade”...
Juno acalenta outono que se dá aos sentidos
Dos mais profanos aos sublimes planos
No sexto mês do ano já há colheita no caminho
Que chronos esculpe sem piedade
Atente que, por mais que se oculte
Há retorno do semeado...
Quiçá possa a deusa Juno
com seu cetro firmar promessas
E seu véu a fidelidade inspirar
que sejam Intensos, dinâmicos
e infinitos os laços
como o céu que a deusa rege...
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“Junho” o nome do sexto mês do calendário gregoriano (nosso) foi inspirado na deusa Juno da mitologia romana. Esta foi irmã e esposa de Júpiter. Estes deuses correspondem à Hera e Zeus da mitologia grega. Juno ou Hera foi considerada como deusa da vegetação, no entanto é a rainha do empíreo , o céu bem como protetora da vida e da mulher. Na mitologia grega concebeu uma filha esta sim protetora da fecundidade e dos matrimônios Ilítia, Hebe, a juventude florida; Ares, deus da guerra; e Hefesto, deus ferreiro. Hera intervém freqüentemente nos assuntos humanos; protegeu os aqueus na guerra de Tróia e velou pelos argonautas, para que seu barco passasse sem perigo pelos temíveis rochedos de Cila e Caribde. Tem como atributos o cetro, o diadema, o véu, estes associados à mulher casada e o pavão símbolo da primavera.
Lustração- The Peacock Complaining to Juno do pintor francês Gustave Moreau -6 de abril de 1826 - 18 de abril de 1898 . Foi um dos principais impulsionadores da arte simbolista do século XIX.Moreau começou como pintor realista. Posteriormente, sob a influência dos impressionistas e pré-rafaelitas, evoluiu para uma pintura mais romântica e espiritual, que lhe permitiu entrar nas fileiras do simbolismo, junto com Munch, Ensor, Puvis de Chavannes e Redon. Alguns historiadores de arte preferem se referir a eles como pós-impressionistas.