ATO ÚLTIMO
Não me negues mais um carinho
Tua carícia, teu afago
Dele careço.
Não voltes teu rosto para o lado
Não finjas não me ouvir
Não mereço.
Não me fales de um amor passado
Teus sonhos negados
De solidão.
Nem me faças sentir culpado
De tuas lágrimas caídas
Em vão.
Tenhas-me ao menos como lembrança
Nas tuas memórias futuras
Ao relembrar.
Também tive os meus devaneios
Construí palácios de areia
Ao acreditar.
Não me negues um último beijo
De teus lábios já saudosos idos
Para sempre.
Deixa-me com o suave gosto do amor
Mesmo findo, fel como sabor
Tão somente.