Saudades de um tempo...
Quantas saudades eu tenho
Dos factos que nunca vi;
Quantas saudades eu tenho
Dos factos que já vivi!
Quanta tristeza, quanta alegria
Na magia do meu pensamento,
Recurso profundo e humilde,
Recato à voz do sentimento.
Quantos espinhos eu tenho
Cravados no coração:
São as torturas, doendo,
De gente sem coração!
Quanta nostalgia no meu querer!
A perfeição digna e real:
Digna do ser, que assim sendo
Humano, fraco, é banal!
Quanta a ausadia de um sonho
(Ver a Terra um jardim perfumado),
Se o perfil animal Homem
É Humano e não Humanizado!
Diana Enriquez
Michel Sardou & Garou -La rivière de notre enfance