17!

Na cratera da vesga centelha rasgada,

Botas largadas pelo elo perdido do avesso,

A lâmina que cintila um fio de fumaça,

Pelo esgar do vento da planície isolada,

Aquele facho viajante da estrela distante,

Traz da linha do Sol de Andrômeda,

Novas notícias além do Orion do Sul,

Durante a semana que tanta água enviou,

Emana na lacustre serra ares novos,

No seio da terra emerge os materiais,

Para retomar o que já foi construído,

O sobrevivente peregrino volta a ativa,

Procura o eremita, água já bem baixa,

Sabem que muito pouco está de pé,

O passado remontado para os novatos,

O eremita faz parte, tem algumas chaves,

Ainda decifra pedras sem esforço,

Apenas a solidão como cantiga usada,

Na última vez sentiu mais de uma lágrima,

Chorou pelas vozes perdidas na ignorância!

Peixão89

15.01.2007

Peixão
Enviado por Peixão em 05/02/2007
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