O GADO E A FLOR
O GADO E A FLOR
(escrito na sala de espera do médico)
Somos todos tão iguais a todos:
Respiramos, vivemos e berramos.
Nascemos jogados no pasto da vida,
Berramos para mamar o leite vital.
A vaca nem sempre mais nos quer,
Joga-nos das janelas dos edifícios,
São bezerros jogados nos sacos de lixo.
As maiorias ainda vivem no rebanho,
Quer ter chifre onde mal tem pelo,
Troca o béé pelo múú desafinado,
Quer ser touro onde se pede bezerro,
Quer ser vaca ou se pede novilha,
O hormônio não existe e quer sexo,
A mama não existe e quer dar leite;
Queima de etapa na vida do rebanho.
A moda é serem todos anencéfalos iguais!
Por que pensar se irão virar estatísticas?
O negocio é berrar, pastar, copular e cagar.
Afinal fezes é estrume é vida para os vermes.
Na liberalidade do rebanho atual tem tudo,
Tudo é certo no direito de ir e vir.
Tudo é expressão cultura do rebanho,
E os vermes e parasitas lucram com isso,
Se alimentam das cagadas do jovem rebanho.
Os vermes são exemplo de vida,
A punição afinal é apenas no papel,
O pasto vizinho é para ser destruído
E as estatísticas apenas aumentam.
Os matadouros continuam a matar!
Morte ou suicídio?
Os reprodutores culpam o dono do rebanho.
Os vermes dão apenas vivas!
O rebanho querem mais crias que não pensem,
Vamos aumentar o rebanho!
Vamos destruir o pasto!
E a flor?
Esta perdida na esperança que o gado volte a ser humano.
(estou sendo chamado para a consulta)
André Zanarella 30-05-2012