A LOUCA QUE HABITA MEU CORPO

A louca que habita meu corpo

Chama-me de hora em hora

Pergunta-me: "Quando é senhora que voltarás a razão?"

Embora muito polida, recatada, mas sempre aflita

Exige uma retratação

Pois no cerne foi ferida

Sua vida foi tolhida

Habita a escuridão

De um mundo de desvario

Nas águas de um longo rio

Que se chama solidão

Onde pensamentos sombrios

Nas noites de arrepios

Navegam num vai-vem

No clamor dos desvalidos

Nos gritos dos esquecidos

Que já não se querem bem

Respondo: "Pobre coitada, fica bem quieta, calada,

Espera que um dia do nada, voltarei ao meu lugar."

Neste dia te prometo

Que aquele que te feriu o peito

Certamente irá pagar.

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 01/06/2012
Código do texto: T3699100
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