Anima Mundi

Há uma consciência

inconsciente de dualidade.

Há uma alma sem idade,

um círculo infinito

a contemplar a si mesmo,

sem perceber a individualidade

de seus múltiplos pontos.

Há uma fonte de todos os contos,

sentidos, emoções, especulações,

de toda energia cinética e potencial.

Há uma fonte a vibrar

o que há em si.

Há um eterno devir

do que já é,

movendo-se em si mesmo.

Há uma força criadora, destruidora,

transmutadora de suas próprias faces.

Há uma Anima Mundi

que me confundi ao dizer

que tudo é Uno.

Há uma força que me inflama

e me chama a vibrar uníssono,

a me queimar em chamas

a me dissolver nela.

Há uma donzela,

Alma do Mundo,

a esperar seu cavaleiro,

pai, filho e herdeiro,

cordeiro de suas bodas.

Sigo ao seu encontro,

Amor meu.

As chaves do castelo,

Morfeu já me deu.

Que siga então

minha peregrinação...

Baco Diphues
Enviado por Baco Diphues em 31/05/2012
Reeditado em 31/05/2012
Código do texto: T3698237