Perto da poesia

A poesia

Quando se liberta

Do poema,

Leva cheiro

De groselha para o meu amor...

De suco de caju para Juliana!

Como é bonita a pel

Sem éter que cobre a boca Julina!

E flores de castanha pra casa

De Dona Vanda!

A poesia tem gosto de lavanda!

De quando criança,

A vida era só uma lambança!

Empurra pra lá e prá cá

E se caísse, não passava disso

Levar e viver, era o lema de crescer

E as porteiras do poema

Ficavam lá, abertas, esperando a noite

Da poesia voltar...

O sereno já bastava

Para o corpo sonhar

E os vaqueiros do amor

Cantavam embaixo do céu

Essa vida cheia de amor...

E das gentes que tinha pele

De morcego e vida de pescador...

Pois a vida é só tem sentido

assim

perto

bem perto de

Quando estamos bem

Perto da poesia!