As tardes pararam na frente do ...

Eu ficava muito

Na frente da minha casa

Quando criança...

A rua também ficava

Muito na minha frente

Quando era criança...

Na minha frente

Ficava Elaine e a

Brabeza sem fim

De Seu Manoelito

Ferraz. Na minha frente

Dançando exibindo

Sua exuberância as

Tardes daqueles anos

Oitenta, onde tudo

Era amarelo, o mundo

Era amarelo e minha vizinha

Da casa de cima de pernas

Amarelas e sua bunda

Era lisa e amarela

E sua cara dava

Norte a nossa rua

Que era feia, gasta,

Mas antiga que animada

Que passava também

Na minha frente, quieta,

Um alta de desumana dor

Uma beleza pausada,

Naqueles idos anos

Que pararam no menino

Via tudo na frente,

Aquelas tarde pararam

Na frente do menino

Que sente....

Seu andar era de quem

Era andava em prece,

Com pés orando e agradecendo

O lugar que pisa, que sustenta

Que leva até a água do rio

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 31/05/2012
Código do texto: T3697878