As tardes pararam na frente do ...
Eu ficava muito
Na frente da minha casa
Quando criança...
A rua também ficava
Muito na minha frente
Quando era criança...
Na minha frente
Ficava Elaine e a
Brabeza sem fim
De Seu Manoelito
Ferraz. Na minha frente
Dançando exibindo
Sua exuberância as
Tardes daqueles anos
Oitenta, onde tudo
Era amarelo, o mundo
Era amarelo e minha vizinha
Da casa de cima de pernas
Amarelas e sua bunda
Era lisa e amarela
E sua cara dava
Norte a nossa rua
Que era feia, gasta,
Mas antiga que animada
Que passava também
Na minha frente, quieta,
Um alta de desumana dor
Uma beleza pausada,
Naqueles idos anos
Que pararam no menino
Via tudo na frente,
Aquelas tarde pararam
Na frente do menino
Que sente....
Seu andar era de quem
Era andava em prece,
Com pés orando e agradecendo
O lugar que pisa, que sustenta
Que leva até a água do rio