palavreados

As casas

Ria enquanto

Eu descia suas calçadas

A vida andava de Bengala

Nos pés de Dona filu

Ou cansada nos olhos

Tristes de Seus Gerson

Que desde novo nunca conheceu

A perdão de ser livre!

A cidade é cortada de rios,

Cortada de ruas,

De outras pequenas cidades,

Outras casas, outros mundos,

De árvores secas e retorcidas,

De vidas vencidas e de homens

Alcoolizados...

A cidade corta e é cortada por

Ela mesma, que de noite

É uma, de manhã é outra.

E o olhar que olha é também

O do outro. A cidade se deve,

A cidade se paga, a cidade

É eterna, a cidade é de nada!

A cidade tem beira, tem centro

Tem algibeira, a cidade é do

Povo, é do rico, é do novo,

A cidade tem uma vida, que visita

Outras vidas, que vem e que vai,

Tem igrejas, praças, e tantas coisas

Mais, a cidade é de concreto é

De barro, é de tábua e de cimento

É carregada de simbolismos,

Á gota de chuva é banhada de vento!

Eu vim dessa cidade, que nasceu

dentro de mim, que é minha há muito

tempo, desde o tempo que nasci, lá

vi minha família crescer, vi o mundo

aparecer, lá vi gente que presta e vi

amigos partir desta. A vida corre

nas minha veias e escancara-se pelas

ruas da minha cidade, que lembra

um casa de morta casa, que de longe

se baseia...é partida por uma rua

comprida de vide a vida em dois

de lado os pobres filhos, do outros,

seus reis atores....

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 31/05/2012
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