palavreados
As casas
Ria enquanto
Eu descia suas calçadas
A vida andava de Bengala
Nos pés de Dona filu
Ou cansada nos olhos
Tristes de Seus Gerson
Que desde novo nunca conheceu
A perdão de ser livre!
A cidade é cortada de rios,
Cortada de ruas,
De outras pequenas cidades,
Outras casas, outros mundos,
De árvores secas e retorcidas,
De vidas vencidas e de homens
Alcoolizados...
A cidade corta e é cortada por
Ela mesma, que de noite
É uma, de manhã é outra.
E o olhar que olha é também
O do outro. A cidade se deve,
A cidade se paga, a cidade
É eterna, a cidade é de nada!
A cidade tem beira, tem centro
Tem algibeira, a cidade é do
Povo, é do rico, é do novo,
A cidade tem uma vida, que visita
Outras vidas, que vem e que vai,
Tem igrejas, praças, e tantas coisas
Mais, a cidade é de concreto é
De barro, é de tábua e de cimento
É carregada de simbolismos,
Á gota de chuva é banhada de vento!
Eu vim dessa cidade, que nasceu
dentro de mim, que é minha há muito
tempo, desde o tempo que nasci, lá
vi minha família crescer, vi o mundo
aparecer, lá vi gente que presta e vi
amigos partir desta. A vida corre
nas minha veias e escancara-se pelas
ruas da minha cidade, que lembra
um casa de morta casa, que de longe
se baseia...é partida por uma rua
comprida de vide a vida em dois
de lado os pobres filhos, do outros,
seus reis atores....