A volta do indesejado

A volta do indesejado

É difícil escrever com sua presença

Eis a maior barreira que posso enfrentar

Por mais que eu possa me preparar

Se há vazio, o preparo não faz diferença.

Assim, o que aqui se escreve não vai encantar,

Se eu fosse desacreditado, pediria licença,

Mas, sou aquele que na escassez pensa,

Por isso, nunca irei abandonar.

A volta do indesejado

O silêncio que, pensei estar morto,

Hoje, está em mim cristalizado.

Traz consigo o desconforto

O vazio está na mente enraizado

Sou como um barco sem porto.

A volta do silêncio destruidor

A clemência de pobres mentes

A escassez do lado inteligente

A difusão do vazio veio sobrepor.

A volta dos tempos de horror

A enfermidade fatal

Triste destino de um mortal

Seja quem for.

O indesejado, que pensei, ter tido final,

Dando lugar ao belo amor

Hoje, espalha seu terror,

Deixando-me longe do ideal.

A volta do indesejado

O silêncio estarrecedor

Mas, não fugirei para outro lado.

Vou enfrentá-lo sem temor

Pois, sinto estar mais que preparado,

Para torná-lo, em definitivo, perdedor.

A volta que será a derradeira

Não haverá outra menção

Pois, hoje, silencio meu coração,

Para tratar de uma sensação passageira.

Marcel 31-05-12