Tempo de dor.
O tempo e a dor se casaram
Sem pompas,só circunstância os une
E beijam a face do medo,
Escalando a escuridão
Onde nada se vê
E o cedo se vai dando lugar ao tarde
O fogo se inflama a chama arde
A dor se entrega ao tempo
E concebem tormento
Multiplicam-se as tempestades da vida
E o coração-ferida sangra
A vida se zanga da dor
Implora amor que não vem
Mas eis que o tarde se vai
E chega o cedo,trazendo aurora
A dor aos poucos se apavora
E vai embora,some.
O tempo fica insone,
Entorpecido,
Embebido de vida.
E o coração-ferida,cura.
A vida se refaz.
Agora é tempo de paz.
E nada mais...
Além de vida!