Confisão!
Solicitei ao silêncio,
Um pouco de paz para chorar,
Sem vergonha de molhar minha face
Deixando transparente a minha frágil
Ropagem...crua, molhada e nua.
Penugem que recobre a imagem,
De um ser sonhador e volátil,
Como esse vento que te beija e acalma.
Acaricia tua alma e foge ligeiro
E forasteiro nos momentos,
Se adapta, se permite,
A viajar pelos mares
De corpos apreciados, amados...
Navego por sonhos tantos,
Que meus olhos se perdem na paisagem...
Sufoquei os gritos, lamentos
Que tentavam escapar-me dos lábios,
Colando um beijo na lembrança
Um ósculo doado ao sonho,
Um sonho chamado esperança...
Mais meu pedido foi ignorado
E o barulho insurdecedor da minha dor,
Ultrapassou as fronteiras do meu peito,
Materializando-se em forma de versos...
Mais ao tempo, confesso,
Foi providêncial minha surdez interna
Pois pude expor ao mundo,
Todas as minhas cores e sabores,
E dizer que apesar das dores,
Sou feita de amores!