CANÇÃO ANTI-RÁBICA
Orvalho ácido
Sobre flores de vento
No canto do centro
No meio do canto
De um pássaro ávido.
Um objeto de ser
Que uiva na madrugada,
Um homem de luxo
Usado por sua armadura.
A áurea pálida, enrugada.
Alma reformada, vendida,
Fé na eterna partida
E a vida se trata
Apenas como mera estada.
Toda paz e beleza submetidas
À megera visão de infernos ou paraísos...