A paz das cores nos jardins da alma

Tens a nudez exuberante das flores embriagadas

Pelas lânguidas tardes tropicais.

As líquidas mãos dos sonhos,

Nesses olhos de astros diurnos,

Por onde sonham os cabelos derramados

Sobre o gozo fulgurante e branco

Da lua nos jardins da alma.

Os pés alados pisam a cálida maciez de algodão,

Nessa estrada feliz e sem adeus,

Feita de seios consumidos

Por onde tocam o brilho dos olhos encantados

Nesse sensível ciclo de prazer

Que se extrai das cenas raras.

Corpo que não se oculta.

Sem medo, sem pranto,

Sem asas partidas.

Em voo gentil, célere.

Único, igual, universal.

Que se faz inteiro,

Pois se consome através de pontos mágicos

Como manhãs cálidas, pastorais, tépidas,

Que alimentam o canto dos pássaros

Na súplica de paz das cores.

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Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 30/05/2012
Reeditado em 30/05/2012
Código do texto: T3695644
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