A paz das cores nos jardins da alma
Tens a nudez exuberante das flores embriagadas
Pelas lânguidas tardes tropicais.
As líquidas mãos dos sonhos,
Nesses olhos de astros diurnos,
Por onde sonham os cabelos derramados
Sobre o gozo fulgurante e branco
Da lua nos jardins da alma.
Os pés alados pisam a cálida maciez de algodão,
Nessa estrada feliz e sem adeus,
Feita de seios consumidos
Por onde tocam o brilho dos olhos encantados
Nesse sensível ciclo de prazer
Que se extrai das cenas raras.
Corpo que não se oculta.
Sem medo, sem pranto,
Sem asas partidas.
Em voo gentil, célere.
Único, igual, universal.
Que se faz inteiro,
Pois se consome através de pontos mágicos
Como manhãs cálidas, pastorais, tépidas,
Que alimentam o canto dos pássaros
Na súplica de paz das cores.
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