SOU.

Amador Filho.

Sou luz desfeita em prata,

Nas místicas noites de luar.

Sou a espuma da cascata,

Diáfana, no espaço a bailar.

Sou a rubra alvorada nascente,

Que trás vida, trabalho, alegria.

Sou a triste melancolia do poente,

Anunciando a chegada da noite fria.

Sou imagem plasmada em mil cores,

Sou um solitário chorando suas dores,

Sou um homem carregado de incerteza.

Sou fantasma penitente que amedronta,

Sou espantalho balouçante que espanta,

Sou o resultado fatal da minha tristeza...

Santa Luz, 16. 04. 1992.

Sertanejoretado
Enviado por Sertanejoretado em 30/05/2012
Reeditado em 08/09/2012
Código do texto: T3695274
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