NOITE SINISTRA
Na noite sinistra...bebo o fel dos meus versos.
Noite sinistra e má;
Imensa noite escura.
No horror das trevas mudas,
O silêncio pungente.
O silêncio pesado
Torna-se mais profundo.
O frio olhar do mundo
Vê tudo, sem espanto.
Num tom lúgubre e rouco
Os corvos crocitavam;
Carniças farejavam...
Carniças execráveis.
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E a Lua ensanguentada,
Tão triste a soluçar,
Começa a declamar
Os salmos d'agonia!
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