Monstros Implacáveis
Não posso mais me afogar diante dessas cinzas
Que esses demônios disparam em minhas veias
Procurando somar mais carvão ao que consiste
Na minha bússola para guiar meus passos tortos.
Tiros verbais me partindo em destroços
Lembranças de bons feitos sendo largadas
Como imunidade vencida pela peste perversa
Que se aloja em meu templo de foco.
E assim após o impacto sentido
Eu atravesso o risco da subestimação coletiva
Graças aos efeitos rascantes
Das armas empunhadas por esses monstros.
Sei que esse bangue-bangue infernal
Se prosseguirá em meu sagrado lar
Mas o vigor nasce dos escombros
Das profundezas incrédulas
Quando eles me chutarem
O bumerangue dos meus algozes
Salvará a minha fortaleza
Como uma súbita hecatombe.