Monstros Implacáveis

Não posso mais me afogar diante dessas cinzas

Que esses demônios disparam em minhas veias

Procurando somar mais carvão ao que consiste

Na minha bússola para guiar meus passos tortos.

Tiros verbais me partindo em destroços

Lembranças de bons feitos sendo largadas

Como imunidade vencida pela peste perversa

Que se aloja em meu templo de foco.

E assim após o impacto sentido

Eu atravesso o risco da subestimação coletiva

Graças aos efeitos rascantes

Das armas empunhadas por esses monstros.

Sei que esse bangue-bangue infernal

Se prosseguirá em meu sagrado lar

Mas o vigor nasce dos escombros

Das profundezas incrédulas

Quando eles me chutarem

O bumerangue dos meus algozes

Salvará a minha fortaleza

Como uma súbita hecatombe.

Diego Pedra
Enviado por Diego Pedra em 29/05/2012
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