Ofertório

Ofertório P

Vem, meu menino gigante

Aceita minh’alma anã

Estou frágil neste instante.

Por me querer tua maçã...

É este meu lado avesso

Que eu tão bem escondia

Na máscara que sempre teço

Dia e noite, noite e dia...

Se mostrou tão de repente

Sem limites, sem censuras.

Meu Deus, eu quero somente

Que neste meu corpo quente

O moço sinta a ternura

De minha alma envolvente.

A alma inda é pura

Mesmo num corpo doente...

Emília Casas
Enviado por Emília Casas em 04/02/2007
Código do texto: T369470