VERSOS INVERSOS

Preso não prezou a presa

A prosa era sua proeza

A linearidade vai

Perfilando instintos

Vai perfilhando pedaços de carnes expostas

A natureza tem direito a resposta

O coração bombeia secciona

Enquanto não estaciona

Somos viajores dos surtos

O claustro a soma o ribossomo

Tudo se passa na crosta cinzenta

É nela dentro dela que se afugenta

Almas sem cores

Punhaladas viperinas

Sinas sem odores

Madrugadas de vapores

Acordes de arrepios

flor da pele...

Plastificadas

Madrugadas vazias

Menta na boca

Borboletas sem néctar

Como é leve

A brevidade da vida...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 29/05/2012
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