Sem rumo.
Me pego na noite a qual eu me perco...
E fugindo com a vida me deixo levar
Não prendo o tempo que corre em meus dedos
E sigo no barco com ele a remar.
Sou rua vazia no ermo da noite
Com o vento vadio sou par a cantar
Na réstia sou a sombra que espanta o medo
Do brilho no olho que mira o luar.
São tantos os caminhos que a noite me leva
Veredas errantes em mares sombrios
Quimeras tristonhas de sonhos perdidos
São tenros tecidos e lábios vazios.
Não digo o dia que ainda não veio
...Sou parte da noite e seu caminhar,
Sou olhos insones que tristes vagueiam
Buscando amiúde um lugar pra ficar.