Sem rumo.

Me pego na noite a qual eu me perco...

E fugindo com a vida me deixo levar

Não prendo o tempo que corre em meus dedos

E sigo no barco com ele a remar.

Sou rua vazia no ermo da noite

Com o vento vadio sou par a cantar

Na réstia sou a sombra que espanta o medo

Do brilho no olho que mira o luar.

São tantos os caminhos que a noite me leva

Veredas errantes em mares sombrios

Quimeras tristonhas de sonhos perdidos

São tenros tecidos e lábios vazios.

Não digo o dia que ainda não veio

...Sou parte da noite e seu caminhar,

Sou olhos insones que tristes vagueiam

Buscando amiúde um lugar pra ficar.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 29/05/2012
Reeditado em 26/02/2016
Código do texto: T3693475
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